sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Como combater o crime em Alagoas

Por: Eduardo Lucena

Como combater o crime em Alagoas

            A violência é um fenômeno social, fruto de estudo de diversos pensadores ao longo do tempo. Sempre existiu. Á partir do momento em que o homem passou a coexistir, a violência apareceu. Ela existe; tem derivação intrínseca, é nata, movida pelo instinto, cabendo ao modo e a forma como lidamos com ele, ela poderá ser controlada ou não, mas estará sempre ali, dentro do ser humano, aguardando o momento para agir. Como podemos desprender, não é “privilégio” e nem exclusividade de nosso Estado.
Sigmund Freud enfatizou que a civilização e seu caráter repressivo são os produtores de neuroses nas pessoas. Em sua análise, a não-satisfação do princípio do prazer pode trazer conseqüências nos níveis psíquicos e físicos.
Douglas Daniel de Amorim – Psicólogo clínico (Universidade FUMEC), pós-graduado em Psicologia Médica (UFMG), Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais (UEMG), em seu Estudo sobre a violência doméstica, referindo-se ao grande pensador Sigmund Freud, diz o seguinte:
“...Descobriu-se que uma pessoa se torna neurótica porque não pode tolerar a frustração que a sociedade lhe impõe, a serviço de seus ideais culturais, inferindo-se disso que a abolição ou redução dessas exigências resultaria num retorno às possibilidades de felicidade (FREUD, 1929, p. 106).
O psicanalista é claro ao considerar que a civilização nasce concomitantemente às regras e leis que impedem que o ser humano seja plenamente feliz. Ao estabelecer regulamentos, a experiência irrestrita de prazer fica automaticamente anulada. Freud chega a afirmar que “a civilização é em grande parte responsável por nossa desgraça e seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas” (FREUD, 1929, p. 105). Marcuse (1999) vai de encontro a essas idéias, no tocante ao adoecimento que a civilização provoca nas pessoas, principalmente quando dá a entender que não é mais possível se estudarem os problemas psicológicos à luz do psiquismo individual. Assim, de acordo com o frankfurtiano (1999): Os problemas psicológicos tornam-se problemas políticos: a perturbação particular reflete mais diretamente do que antes a perturbação do todo, e a cura dos distúrbios pessoais depende mais diretamente do que antes da cura de uma desordem geral (MARCUSE, 1999, p. 25).”
Bem, não querendo estender este debate, até porque não é o objetivo, e em razão de todo o enunciado, podemos entender que acabar com a violência é algo extremamente utópico, mas, em contrapartida, poderemos conter ou prevenir seu principal efeito colateral: O crime.
Entendendo que à partir da prevenção e proatividade em relação ao combate e ao controle deste mal secular, estaremos contendo ou reduzindo os índices de violência, passaremos então a expor uma teoria que, acreditamos, poderá ser de muita valia no conjunto da Segurança Pública.    
            Antes de qualquer coisa, devemos entender a mecânica do cometimento de um crime:
Teoria do Triângulo do Crime
            Trata-se de uma planificação do que deve ocorrer para que possa haver o cometimento de um crime. Para que isto ocorra se faz necessário que estejam presentes três elementos essenciais:
1.      Ação
2.     Meio (Objeto)
3.     Oportunidade
( Cont.)